O redon não é propriamente um prato... é aquilo a que os cozinheiros mais famosos chamariam um conceito!!! Ok, estou a "armar"!
O termo redon (agora aqui uma pequena homenagem ao meu colega MB), embora possa parecer um vocábulo de origem francófona, tem origem na língua portuguesa e deriva directamente de "re - restos", "d - de", "on-ontem"! Ou seja, foi um termo "rafiné" muito utilizado em casa dos meus pais para denominar os "restos de ontem", e quem diz de ontem diz de anteontem!
Esta denominação teve origem num momento das nossas vidas que ainda não eram socialmente aceitável que se reciclasse as sobras das refeições anteriores, daquela fase em "parecia mal" aproveitar restos. Oficialmente eles seriam sempre para o cão, mas na refeição seguinte davam origem aos mais saborosos petiscos muitas vezes, creio eu inventados, pela avó Elisa.
(Prometo para um dia destes um post com uma pequena homenagem a esta velhota - minha bisavó, que despertou em mim o gosto de cozinhar... e, mais grave, o prazer de comer...)
Redon era o nome de código daquelas coisas que só havia em nossa casa e que eram muito melhores do que os bifes com batatas fritas que as nossas colegas apregoavam para o jantar à saída do colégio e mais tarde do liceu!
Por isso vão aperecer algumas recitas na categoria de "redon", ou seja que podem ser feitas com ingredientes "novos" ou "reciclados".
Um dos redons que mais gosto e muitas vezes faço com ingredientes "novos" é a famosa roupa velha e que é muitíssimo melhor e mais saborosa que o tradicional bacalhau cozido que lhe dá origem.
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